segunda-feira, 29 de abril de 2013

Cecília Meireles

          Com o objetivo de incentivar e motivar os alunos para a leitura e pesquisa, foi apresentado aos alunos a história e vida de Cecília Meireles.
          Através do poema “A Língua do Nhem” os alunos do 4º ano da Professora Cleide, foram estimulados a criar diferentes formas de se comunicar, bem como, a continuar pesquisando a vida da autora, seus poemas e livros.
         Na primeira visita a Biblioteca, após o estudo, os alunos procuraram retirar livros da autora e conhecer suas obras. A professora comenta que: “Precisamos motivá-los na busca de informações e conhecimentos, para que no futuro sejam cidadãos capazes de tomarem decisões corretas”.

A Língua do Nhem

                                              
 Havia uma velhinha
que andava aborrecida
pois dava a sua vida
para falar com alguém.

E estava sempre em casa
a boa velhinha
resmungando sozinha:
nhem-nhem-nhem-nhem-nhem-nhem...

O gato que dormia
no canto da cozinha
escutando a velhinha,
principiou também

a miar nessa língua
e se ela resmungava,
o gatinho a acompanhava:
nhem-nhem-nhem-nhem-nhem-nhem...

Depois veio o cachorro
da casa da vizinha,
pato, cabra e galinha
de cá, de lá, de além,

e todos aprenderam
a falar noite e dia
naquela melodia
nhem-nhem-nhem-nhem-nhem-nhem...

De modo que a velhinha
que muito padecia
por não ter companhia
nem falar com ninguém,

ficou toda contente,
pois mal a boca abria
tudo lhe respondia:
nhem-nhem-nhem-nhem-nhem-nhem...



Um pouco  mais sobre a escritora:

                   
Cecília Benevides de Carvalho Meireles, nasceu na cidade do Rio de Janeiro em 7 de novembro de 1901. Seus pais morreram quando ainda era criança e ela foi criada pela avó chamada Jacinta, que vivia cantarolando cantigas e falando ditados populares. Na casa de Cecília havia um quintal e um mundo encantado: o mundo dos livros! Cecília já gostava dos livros antes mesmo de aprender a ler, e foi aos 9 anos que escreveu o seu primeiro poema. Foi professora, jornalista e aos 18 já havia lançado o seu primeiro livro Espectro. Fundou a primeira biblioteca infantil do Brasil. Escreveu várias obras na área de literatura infantil como, por exemplo, “O cavalinho branco”, “Colar de Carolina”, “Sonhos de menina”, “O menino azul”, entre outros. Estes poemas infantis são marcados pela musicalidade. Faleceu no Rio de Janeiro de 1964, sendo-lhe prestadas grandes homenagens públicas.