A leitura torna o homem completo; a conversação torna-o ágil; e
o escrever dá-lhe precisão.
AQUI VOCÊ VAI ENCONTRAR ALGUNS TEXTOS PRODUZIDOS PELOS NOSSOS
ALUNOS.
LEIA, VOCÊ VAI GOSTAR...
Segunda-feira
de inverno
É inverno em Paris, fim de tarde de
segunda-feira, o sol está se pondo vagarosamente no horizonte, os últimos raios
de sol estão batendo na cidade do amor. A estação ferroviária está como um
formigueiro, todas as pessoas caminham agitadas, elas não ligam para nada ao
seu redor, só querem saber de pegar seu trem e voltar para seus aconchegos, nem
notaram como o céu estava incrível, com cores vermelhas e nuvens
branquinhas.
Todos estão agasalhados, parecendo pinguins,
vestidos de preto ou marrom, mas lá no meio da escura multidão, tem um pontinho
vermelho e verde. Esse pontinho é Hugo, ele está todo colorido, parece animado,
corre um pouco e olha pra cima, dá mais uns passinhos e suspira com toda aquela
beleza a cima de todos.
As pessoas estão com caras
feias, apressadas, só olhando para seus relógios, às vezes, dão uma olhada ao
seu redor, mas estão nem aí pra nada, nem notaram Hugo, passando entre eles,
rindo e sorrindo, ele cumprimenta todas as pessoas, mas não recebe nenhuma
resposta.
Hugo continua correndo, com o sorriso de uma
ponta da orelha até a outra. Ele está carregando uma sacola de bordado, verde,
com pontinhos vermelhos, a mesma combina com a sua roupa, um casaco vermelho,
calça verde e um cachecol fofinho como algodão, de cor amarela e, para
completar o visual, ele usa uma boina marrom, tal boina era de seu falecido
avô, sempre a usava.
Ele já está cansado de correr, para um poço,
está com o batimento cardíaco acelerado, olha pra cima e já se acalma, mas aí
recorda porque estava com tanta pressa e se motiva de novo a correr, e correr,
e correr, ele está distraído com o céu, mas nota que pouco a sua frente está o
lugar tão desejado.
A frente do menino tem uma torre, isso
mesmo, uma torre bem antiga. Ele para na frente da porta, suspira admirado, a torre
é mais bonita do que Hugo recordava. É uma torre branca, com detalhes em
dourado, mas o mais legal nela são seus vitrais, eles são redondos e com
desenhos diversos, com as cores do arco-íris, o vitral favorito de Hugo é o que
tem a imagem de seu falecido avô Antônio. Antônio era dono dela antes de
morrer, agora ela já está meio velha e desgastada, mas continua com uma beleza
incomparável.
Hugo amava passear na torre seu deu falecido
avô, mas já se passaram muitos anos desde que ele tinha ido até ela pela última
vez. Ele aguardava o dia certo para subir até o topo e aquela segunda-feira de
inverno, era perfeita.
Ele está radiante, coloca a mão na bolsa de
crochê à procura da chave de entrada da torre, ele vai sentindo os objetos dentro
dela, até achar a chave que tem um formato incomparável, tinha o formato do
sol, era dourada e tinha um brilho único.
Logo depois de achar a chave, foi logo
abrindo a grande porta de madeira e já foi logo subindo a grande escada, que
tinha lindos degraus de mármore branco, ele foi subindo um degrau logo depois
do outro, com energia, e motivado a chegar ao topo.
Quando chegou ao topo, lá estava a porta de entrada
para a cobertura da torre, ele coloca a mão na sacola, tira outra chave, essa
tem formato de lua, e é prata, quando encontrou a chave, não cogitou, foi
rapidamente abrindo a porta e entrando na cobertura.
Hugo estava no topo, no vigésimo sétimo
andar, lá de cima se via a bela Paris inteirinha, estava de queixo caído com
tanta beleza, mas não esperou para ir logo tirando os lápis de cor e um papel
de sua bolsinha, se ajeitou e logo começou a desenhar com uma paixão no olhar.
Ele
era excelente desenhista, foi registrando a cidade no papel, pintou o sol meio
laranja, as nuvens quase o cobrindo completamente, tinham um lindo tom de rosa,
ele pintou o tom do céu, os prédios, as casas, a torre Eiffel... foi desenhando com muito amor aquela visão
maravilhosa.
Depois de muito esforço, finalmente acabou o
desenho, já era noitinha, ele olhava para frente e depois para o papel, estava
maravilhado com a beleza da natureza.
Quando notou que tinha terminado de vez o
desenho, colocou a mão na sacola e tirou um porta-retrato, já o abriu e colocou
delicadamente o seu desenho dentro.
Depois
disso, pegou sua bolsa e começou a descer a escada, até que chegou no vitral
com a imagem de seu avô e, com o maior cuidado do mundo, Hugo pendurou seu
desenho ao lado do vitral.
Estava feito, finalmente o pedido de Antônio
foi realizado. Porque antes de morrer, seu avô pediu a Hugo que queria um
desenho dele em sua torre, mas devia ser o desenho da coisa mais linda que Hugo
já tinha visto na vida. E, na parede do vigésimo terceiro andar, encontra-se o
desenho de Paris, em uma segunda-feira de inverno.
Aluna: Isadora Mocellin. -Turma: 8m1
-Professora: Caciana. -Matéria: Português.